quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Viva e aos coices! (em inglês, soa melhor)

Querido(s) leitor(es): cá estou! Quase não me reconheciam, certo? A dieta continua e já perdi um monstruoso quiloemeio. Vá, não se riam. Também não tenho quinze para perder! E não esqueçamos que a minha dieta é só de segunda a sexta. Ao fim-de-semana sou menos regrada.
Que é como quem diz que sou uma besta.
Sou uma ceifeira debulhadora.
Sou quatro, vá.

Mas isso agora não interessa nada. Em dez dias úteis perder quilo e meio é bom. Sobretudo quando o total a perder são quatro. Sinto-me bem. Sem vontade de comer porcaria nos dias de dieta e a gostar dos resultados.

Não estou a fazer uma dieta louca. Já fui acompanhada por uma (excelente) nutricionista que me ensinou a comer. E é mesmo isto: temos que ser ensinadas. Para não andarmos a beber seivas mágicas durante dez dias, que nos prometem um lugar nas passarelas do próximo Portugal Fashion, e que afinal resultam apenas em visões de girafas voadoras antes de desmaiarmos de fraqueza no emprego. O que a Mariana Abecassis (cujo livro acaba de ser editado e pode ser comprado aqui) me ensinou foi a comer bem, a não chegar a ter fome, a variar os alimentos, a ter atenção às quantidades e a permitir-me a ocasional asneira (não era todo um fim de semana, mas isso ela não precisa de saber).

Por isso, de segunda a sexta, o meu bucho está entupido de sopa. Sem batata. Se tiver um acidente, temo que o INEM me encontre inanimada numa papa mal digerida de courgette e nabo. Mas oiçam o que esta Mulher de Sonho vos diz: a sopa é amiga. Lembrem-se disso se quiserem perder peso de forma saudável (a propósito, sopinha da pedra não vale, ok?).
E cenouras? Muita cenoura tenho comido por estes dias. O polícia do Pingo Doce já olha para mim de lado quando, dia sim, dia não, lá estou eu a ensacar cenouras. Aposto que em maio vou ter visão raio-x. Como-as cruas, à dentada, ao almoço, antes da sopa, o que também acalma os meus anseios sexuais. Mas isso fica para outro post.

Alface. Tomate. Espinafres. Grelos. Cogumelos. Queijo fresco. Mini tartes de ovo e iogurte. Peixe (desde que não seja frito). Eu não como carne, mas para quem come, carnes brancas são as mais amigas, embora tudo dependa da quantidade e das molhangas que usem/abusem. Sementes de linhaça. Bolachas de água e sal. Tortilhas de milho, que eu prefiro às de arroz, que mais parece que estamos a mastigar contraplacado. A Biocentury (que compro no Continente) tem umas  ótimas, com chocolate negro. Ideais para um lanche porque já vêm separadas em embalagens de duas. O que interessa é variar e gostar. Se começar a ficar infeliz, não há dietazinha que me prenda.

Para além da alimentação mais cuidada, estou a acompanhar este regime com massagens, que são fundamentais para não substituir volume por (mais) flacidez. E até nas massagens noto diferença. Se nas primeiras, de cada vez que a menina se entusiasmava, eu dava quatro voltas ao planeta e desfiava todos os palavrões que conheço, agora já consigo falar durante o tratamento sem soluçar e deixar ranho na marquesa. Nódoas negras nas pernas? Tenho. Menos tempo para vegetar no sofá? Certo. Menos uns euros na carteira para gastar em roupa? Também. Mas prefiro usar o que tenho – calças e collants opacos – e sentir-me menos prima da Popota. São escolhas.

Num próximo post escreverei sobre alguns truques simples para ajudar, quer na alimentação, quer no gasto calórico. Porque aqui não há vudus: para emagrecer é preciso gastar mais calorias do que as que se ingerem.

Portanto, se vos der um ataque de pânico e comerem um chocolate, sigam para casa com a vossa pessoa e façam-na pagar pelo vosso erro, em sexo do bom. Garanto que vão começar a receber mais chocolates. Se tiverem a mais, aceito donativos ao fim-de-semana.


2 comentários:

  1. Escrita dinâmica e engraçada... até louca! ;)

    Gostei...

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  2. Obrigada, Rui. Passe mais vezes. A loucura está assegurada.

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