terça-feira, 3 de junho de 2014

Dão-se alvíssaras

Sou uma fraca, é o que eu sou.
Uma prisioneira da ternura e dos afetos.
Uma maricas.
Uma romântica.
Uma sentimental.
Uma pasta gosmosa feita de corações de gatinhos bebés a flutuarem em nuvens de algodão-doce cor-de-rosa ao som de harpas tocadas por anjinhos bochechudos que cheiram a jasmim.

Às vezes sou um estivador, outras tenho 5 anos e acredito em unicórnios.

Sou a maior, de peito empinado, até me darem uma murraça no estômago com uma história destas.


Quem não se emocionar é um calhau da calçada.
(daqueles que nos comem os saltos)
(centenas de euros em sapatos e depois vem a calçada à portuguesa - "ah porque é típica e tal" - e fico descalça na Avenida da Liberdade)
(se metessem a calçada onde o Sol não brilha...)

Mas, pronto, o amor mata-me.
Não é original, mas é o que é.

Um dia quero isto. O amor, não o Alzheimer.
Será que ainda há...?