Eu já tive soluços em todas as ocasiões: nas aulas do liceu, nas aulas da faculdade, nas aulas durante um exame, em reuniões de trabalho, em jantares românticos (era um jantar romântico, depois passou a ser o circo Chen), na praia, num concerto e até num velório.
Os meus soluços já fizeram rir, já interromperam e já incomodaram.
Eles já mobilizaram amigos, conhecidos e até desconhecidos, ávidos por testar nesta freak todos os truques para os fazer parar.
Eu conheço todos mas só um funciona comigo - e, mesmo assim, nem sempre.
Os meus soluços vão de “hic” a “hucc” e até a “ai que não aguento mais, é desta que me fico”.
Os meus soluços já duraram menos de um minuto (sem contar com os falsos alarmes) e já duraram mais de 1 hora (do mais divertido que possam imaginar).
Alguns têm graça (na verdade, os primeiros cinco têm quase sempre), outros envergonham e muitos magoam.
Genericamente, as causas que geram soluços são variadas: comer depressa, rir muito, falar durante muito tempo, ingerir bebidas alcoólicas em excesso, chorar compulsivamente, e vomitar, são algumas delas.
Concluo, portanto, que ou o meu diafragma sempre quis protagonismo (mesmo quando ainda não havia decote para exibir) ou ando há anos a vacilar, num alarmante quadro mental, entre a euforia, a depressão e o alcoolismo.
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Sonhos