terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Estou com a mosca

Não é a expressão popular. É a nova composição do meu agregado familiar.

A mosca que se mudou cá para casa, há vários dias, é pequena (entre um mosquito e uma mosca comum), chama-se Psychoda (é o nome da espécie, não a batizei) e é muito pouco ativa (nunca a vi a voar). Só sei que é real, e não a materialização de um colapso nervoso, porque ela vai mudando de parede. Já a vi na cozinha, na casa-de-banho e no corredor (pensando bem, não é impossível alucinar uma mosca em várias divisões) (merda).

Enquanto não marco a consulta de psiquiatria, o animal vive alegremente numa casa onde a matriarca (eu) é incapaz de matar animais (nem mesmo moscas nojentinhas) (dá-me pena, não consigo, pronto!) e os instintos de caça do gato residente resumem-se à perseguição de bolas de papel alumínio e do ocasional naco de queijo. Coincidência ou fomos escolhidos…?

E agora? Abro a janela e peço-lhe para sair (com esta chuva?) ou anuncio-a no OLX (“Dá-se mosca, excelente ouvinte, perfeita para serões tranquilos junto a águas paradas”)?

Enquanto não me decido, fica já escrito: moscas, formigas e ratos serão alvo de consideração de soluções; agora, se me aparece uma puta duma barata, grito histérica durante 17 minutos, meto o gato debaixo do braço e só me apanham a três horas de distância.


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