sexta-feira, 22 de agosto de 2014

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Promoção para grupos?

Começo a achar que isto da morte de figuras públicas beneficia de um qualquer desconto de quantidade.

Entregaram o negócio a um grossista? Há um cartão onde se acumulam pontos? Estão a dar Audis?

E também dá para anónimos...?

Digam lá. A sério.
Tenho aqui uma pequena lista.

 


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Morreu-me o Robin Williams

Há pessoas que morrem. E há pessoas que nos morrem.

Ontem morreu-me alguém.

Estranha, esta familiaridade que ganhamos com quem não conhecemos. Como podemos sentir tanta tristeza e fazer eco por dentro quando nos falta quem nunca tivemos.

Mas acontece.

A mim morreu-me o Robin Williams. E eu já tenho em mim o peso da
saudade de tudo o que ele já não fará.

Merda.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Diz que foi um hiato

Mas diz também que ainda não acabou.

hi-a-to
(latim hiatus, -us, abertura, boca aberta)
substantivo masculino
1. Encontro de duas vogais que não formam ditongo
2. Fenda
3. Interrupção entre dois acontecimentos
4. Lacuna, falha
5. Espaço entre os lábios da corola

Estou portanto numa fenda, numa falha, num espaço entre lábios ou, simplesmente, numa interrupção. Imaginem o que mais vos fizer pipilar o cérebro. Eu quero-vos sempre a pipilar.

O meu (cérebro) hoje fez-me sonhar que estava a dar consultoria a um restaurante chinês. Para lhes aumentar a clientela. E olhem que estavam ali boas observações. Talvez tenha que arranjar forma de considerar uma mudança de carreira durante este meu encontro de duas vogais que não formam ditongo (quem não percebeu e acha que andei a beber ácido, leia o número 1 (acima) e depois tente manter o ritmo) (que isto aqui não é para meninos) (meninos!).

Os que de vós forem pacientes cá me (re)encontrarão em breve.
Pois que, ao contrário de Sebastião, essa bicha monárquica, esta (vossa) Mulher de Sonho voltará!

Até lá (e depois também) façam muito amor e comam o que vos fizer bem à alma (que no fundo pode ser uma redundância).

I’ll be back.



terça-feira, 3 de junho de 2014

Dão-se alvíssaras

Sou uma fraca, é o que eu sou.
Uma prisioneira da ternura e dos afetos.
Uma maricas.
Uma romântica.
Uma sentimental.
Uma pasta gosmosa feita de corações de gatinhos bebés a flutuarem em nuvens de algodão-doce cor-de-rosa ao som de harpas tocadas por anjinhos bochechudos que cheiram a jasmim.

Às vezes sou um estivador, outras tenho 5 anos e acredito em unicórnios.

Sou a maior, de peito empinado, até me darem uma murraça no estômago com uma história destas.


Quem não se emocionar é um calhau da calçada.
(daqueles que nos comem os saltos)
(centenas de euros em sapatos e depois vem a calçada à portuguesa - "ah porque é típica e tal" - e fico descalça na Avenida da Liberdade)
(se metessem a calçada onde o Sol não brilha...)

Mas, pronto, o amor mata-me.
Não é original, mas é o que é.

Um dia quero isto. O amor, não o Alzheimer.
Será que ainda há...?

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Plenty of satisfaction 'cause I’m having a good time

Olhando para o meu Facebook, sinto que a única pessoa que não foi ontem ao Rock in Rio fui eu.
Imagino o pobre do Mick, olhando a multidão (através das cataratas), desesperado à procura.
Não lhe dei a satisfação.
Sou mesmo má.

Por outro lado, sou mesmo boa e vou ficar ainda melhor.
Quatro treinos já feitos esta semana. O quinto acontecerá amanhã.
Não consigo lavar os dentes sem deitar uma lágrima, mas quero cá saber.

Já vou conhecendo os pintas do ferro.
Já me ajudam quando faço figuras de urso à procura da barra ou do banco ou da máquina com que preciso de me castigar a seguir.
Já se riem menos com os pesos ridículos que vou levantando.

Acho bem.
Daqui a umas semanas, logo se calam.

Amanhã vou treinar a outro clube. Teme-se o pior (devia haver um mapa, como os do metro de Londres, a identificar as máquinas).
Mas vergonha é coisa que não me assiste. Não quando tenho um objetivo a alcançar.

E por falar em coisas boas: e o anúncio do NOS, com o Don’t Stop Me Now, dos Queen? Caramba!
AMO os Queen de paixão, não consigo largar o anúncio. Não é pela malta a correr, feliz, por ter tv cabo. É a música. Esta música. Não há igual.
Dava um dedo do pé para poder ter visto um concerto deles.
Às vezes simplesmente nascemos tarde demais.

Tenham todos um excelente fim-de-semana, sim?


 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

My eyes! My eyes!

Eu não sei que raio se passou aqui...


...mas tenho o cérebro a latejar com o choro de centenas de memórias.
Elas querem saltar para uma banheira e lavar-se compulsivamente até isto passar.

A minha amiga linda e angelical?
A princesa de cabelo dourado, sempre pronta a usar um vestido de gala e a ser a-mai-linda da festa?
A miúda prática, a quem se vestia um fato de banho tropical e se mandava dar uma volta até à praia no seu bólide cor-de-rosa?
Foi nisto que te tornaste, amiga?

E o mais triste é que todas nós (mulheres que brincaram com Barbies) sabemos que o Ken não tem ali nada. Nada!
O Ken é uma farsa. Um homem alto e de sorriso impecável que apresenta um edema ao nível dos genitais.
Um inchaço.
Um engodo.

Pode argumentar-se que também a Barbie não é uma mulher completa. Que não está equipada para receber a dádiva do amor - por assim dizer.
Mas eu acho que ela é só muito virgem. Muito, mesmo muito. Daquelas mesmo mesmo virgens.
E por este andar, também não é agora que vai deixar de ser.

Vejamos as próximas edições, já disponíveis nas lojas.

“Ai, Ken, afinal a Nancy estava enganada: anal não custa nada!”
Barbie Não Sabe O Que É Um Pénis


“No Dia da Criança leve a magia do bondage para sua casa.”
Barbie Dá-me Com Força e Depois Vai Regar a Planta


 
“Ó mãããeee, a Maria Rita e a Mafaldinha podem vir cá brincar amanhã? Deixa láááá. Queríamos tanto fazer um bacanal.”
Barbie Mas De Quem É O Sapato Que Encontrei Aqui Dentro?


Os mais alternativos, descansem, que também temos diversão da boa para vocês.


Barbie Chega A Casa Mais Cedo E Responde Ao Clássico “Isto Não É O Que Parece”


Barbie São 50€ Pelo Number Um e 100€ Pelo Number Two
(gato não incluído)


Barbie Psicopata Tem Um Problema de Hoarding
(vide TLC ou encontre mais informação aqui


Que tal?
Não são maravilhosas? Claro que são.
Mas, com a vossa, licença, agora vou só ali passar os olhos por água e tomar um duche frio com 2 gotinhas de lixivia. Pode ser?

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Michelle, filha, 'tás cá dentro

Comecei esta semana o plano de treino mais intenso no ginásio.
Operação Adriana Lima (ou Bacalhau Seco) (ainda não me decidi quanto ao nome) está em marcha.

Acontece que quando nos dizem que o ginásio faz a malta ficar elegante, não explicam que para lá chegar, depois de um treino de pernas, caminhamos pela rua como se tivéssemos 90 anos, as juntas coladas e os ossos carcomidos.

Dizem também que o exercício nos faz sentir melhor, mas eu cá ainda estou na fase de querer chorar de cada vez que preciso de coçar o nariz.

De repente dou conta que - na vida - tudo o que eu preciso está em prateleiras altas ou ao nível do chão.
Todos os sítios onde preciso de ir ficam num prédio sem elevador e, no mínimo, no segundo andar.
E desde quando é que todos os meus amigos têm uma carreira de sucesso na comédia? Querem saber? Desde que os meus abdominais foram alvo de uma chacina e que dar uma gargalhada pode ser o início de uma crise de choro.

É suposto ganhar-se boa postura. Eu pareço um rinoceronte bêbado. Ou um homem de sapatos de salto alto no Carnaval de Torres.

Fui ao supermercado e, sem grande surpresa, constatei que todos os artigos na minha lista estavam nas prateleiras de baixo. Ou mesmo na última de cima.

Como tenho um piquinho de masoquista ainda consegui bater com o carrinho numa fila de sabonetes líquidos que prontamente mergulharam pelo corredor fora. Cabrõezinhos. Parece que ainda os estou a ouvir a rir, com as suas vozinhas fininhas e cheiro a aloé vera.

Com esforço baixei-me para os apanhar. Sabem a Michelle de Brito? A tenista portuguesa que urra quando joga? (se não sabem, vejam aqui)
Era isto, quando me tentei levantar a seguir.

Hoje é treino de ombros e abdominais.
Proíbo-vos de escreverem coisas com graça amanhã. Ou de me trazerem um sobrinho que queria cavalitas.

Tende dó.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Last woman standing. In green.

Quem me conheceu na infância apostaria um rim que daquele gafanhoto desajeitado sairia a futura bibliotecária do concelho.

Não estou a falar de aparências, apesar de reconhecer que não era o fruto mais atraente da colheita. Os óculos, o cabelo sempre atado num rabo de cavalo, o uniforme do colégio. Tudo a conspirar para que me tornasse invisível.

Sempre consciente dos desafios externos, a timidez ao primeiro impacto fazia com que me transformasse numa parede de azulejo se estivesse em frente a uma parede de azulejo. Um camaleão social. Uma nódoa.
Uma geek.

O que ficava - e que ainda vejo em fotografias antigas - era a miúda de nariz enfiado num livro. Sempre de nariz enfiado num livro.
Para onde eu ia, eles iam. Aventuras, romances, mistérios, quadradinhos.
Eu estava, eles estavam comigo.
Praia, viagens, quarto, café, intervalo do cinema. Devorava-os à velocidade que os tinha.

Quem tivesse que adivinhar, adivinharia um futuro sombrio.
E a julgar pelas aulas de educação física para as quais me arrastava pesadamente, e pela infame gazeta que passei a fazer à ginástica rítmica (já se adivinhava um pequeno espírito rebelde), dir-se-ia que aos 20 anos estaria um cachalote, aos 25 um mamute e aos 30 a passear pelo shopping numa coisas destas.


Mas acontece que nem sempre o que parece que vai ser, é.
E um dia, sabe-se lá porquê, a miúda começou a mexer-se (e a falar dela na terceira pessoa, como um jogador de futebol).

Operou os olhos, guardou os livros na mesa de cabeceira e fez caminhadas e andou de patins em linha e arriscou o ski e fez mergulho. Aprendeu a andar de bicicleta sozinha. Ficou com os tornozelos em sangue, mas nunca desistiu.

E quanto mais se mexia, e mais percebia que a geek que era podia conviver com a miúda em que se estava a tornar, menos medo tinha de experimentar coisas novas. E então correu quilómetros, viu glaciares no topo de montanhas que demoram dias a subir, mergulhou em cavernas onde as garrafas batem no teto, desceu pistas vermelhas em cima de mini-skis, e bebeu água da torneira no meio de África.
E gostou.

Desistir não é opção. É um conceito que não me assiste.
Já desisti de pessoas (de poucas e sempre e só no limite das forças) mas de mim, nunca.
Nunca pensei que não fosse capaz. Nunca achei que, se eu quisesse mesmo, MESMO, não conseguiria.

Tenho dentro de mim uma força que me faz acreditar que se estiver numa praia e vier um tsunami, eu vou sobreviver. Pendurada numa palmeira, cabelo colado à testa, duas mamas fora do bikini e a chorar baba e ranho pela mamã - mas lá estarei, pronta para tudo.

E é por acreditar tanto nisto, que ontem comprei uma sacada de brócolos. Esse legume do demónio. E juro-vos aqui - eu seja ceguinha e todas essas coisas - que os vou conseguir comer todos.
E sorrir no final.
Com metade de um dente coberto de verde.
Cheia de charme.

Como a geek que no fundo, bem lá no fundo, ainda sou.



sexta-feira, 23 de maio de 2014

Parou tudo!

Comprei uma embalagem de proteína.

E quando eu digo isto não é uma forma alternativa de dizer que fui ao talho ou à peixaria ou que tenho uma palete de cogumelos no frigorífico.
Não, não.

O que esta Mulher de Sonho fez foi comprar uma daquelas cenas em pó para misturar na água e que diz que faz bem à pessoa que treina.
E eu vou ser pessoa que treina. Ai, vou.

Nem que isso me mate.
Mas eu não passo deste Verão sem estar na melhor forma da minha vida.

Achavam que eu já era de sonho?
Abram os olhos, mortais!
Vou ser o bacalhau seco mais gostoso de todo o sempre.
Muahahaha!

(estou a rir de cabeça atirada para trás e a afagar um gato no colo)
(mas quem é que deixou um gato no meu gabinete?)
(e vamos lá a saber: os vossos gatos também gostam de sopa e de oreos...? é que o meu - o outro - está claramente confuso no que diz respeito à nutrição)

A proteína é de chocolate.
(old habits die hard)
(gosto do Bruce Willis, mesmo sem cabelo)

Sim, dormi pouco.



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Não chega já?!

É que a mim ensinaram-me que na segunda quinzena de Maio é para estar calor e ir à praia sem banheiro, e talvez comer uns tremoços na esplanada, mesmo quando já não é de dia.

O meu organismo não está a acompanhar e anda a querer comida de Inverno, para ganhar banha e poder ir dormir para a gruta até à Primavera.

Ontem comi um croissant com creme. E um queque de maçã.
E pipocas no cinema.

Se o tempo continua assim, este ano vou fazer praia patrocinada pela Nivea.
Quem é que ainda é do tempo da bola azul?

Com tanta petição online não há nada para isto?
Onde é que estão as causas realmente importantes?

Se eu começar a separar o lixo, esta merda volta ao normal?
Já estou por tudo.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Socorrista encartada mete a mão na cidadania

Sabem o teste de Primeiros Socorros de que falei ontem? Tive 94%.
Detesto falhar.

Se são como esta Mulher de Sonho e "põem (tudo) quanto são no mínimo que fazem" (vénia, Fernando António), e se ainda não perceberam em quem vão votar nestas Eleições Europeias (que são já no Domingo), aproximem-se mais.

Há um site onde podem perceber com que partidos têm maior ou menor correspondência de ideias. Respondem a questões simples, numa escala de concordo totalmente a discordo totalmente e no final aparece o gráfico. Fácil, certo?
Eu fiz e bateu no lado para o qual me costuma tombar o sentido político (Partido dos Cutelos Enferrujados).

Quem quiser experimentar, é aceder aqui.

Se forem como eu e mudarem de casa todos os anos - mais semestre, menos semestre -, e se já não fazem a mínima em que escola devem entregar o vosso voto, podem ligar para a linha de apoio ao eleitor. É o 808 206 206. Tenham à mão o número de cartão de cidadão ou BI e data de nascimento.
Eu fiz isso e em minuto e vinte tinha a informação toda. Até a secção de voto!
E só demorou mais porque o tipo que me atendeu estava numa dieta de palavras: dizia metade e a outra metade ia para dentro. Pessoas, pá!

Assim sendo, não há desculpas para no Domingo não irem exercer o vosso direito. Nem que seja um voto de protesto. Mas votem!

Sou mais que vossa mãe.
(se fosse, seria uma MILF)
(sou tão convencida)
(não sou nada)
(sou realista)


terça-feira, 20 de maio de 2014

Quer sobreviver? Pergunte-me como.

Lembram-se da formação de Primeiros Socorros de que falei aqui? Amanhã tenho teste. Ponto - como se dizia na escola.

E porque acho importante fazer revisões, e como este é um tema que pode salvar vidas, aqui fica uma amostra muito piquena do que se aprende numa formação destas. São umas quantas ideias genéricas, só para vos abrir o apetite.
Estudar Primeiros Socorros devia ser obrigatório.

Não precisam de agradecer.

1. Queimaduras
Se se queimarem em casa (no forno, no ferro, no óleo, na vela que era para ser romântica mas que vos deixou a praguejar como um estivador) não vão a correr deitar manteiga ou gelo ou azeite.
Ponham a zona queimada debaixo de água corrente até passar a dor. Até passar. Não há tempo definido. Vão estar a interromper o processo de queimadura e a evitar que continue a fazer estragos em zonas mais profundas.

Se não fizer bolha, é de primeiro grau. Pode ser tratada em casa, com Biafine ou Bepanthene.
Se fizer bolha, vão ao hospital ou ao posto médico. É de segundo grau e queimou epiderme e derme.

Não se atrevam a rebentar as bolhas! A menos que queiram abrir-se a novas experiências. Daquelas más.

E a propósito: agora que anda tudo feliz a tirar o pó às sandálias e que a ocasional bolha aparece - que aparece - nada de alfinetes ou de agulhas aquecidas. Se estiver mesmo cheia e pronta a rebentar, prantem-lhe um Compeed. Nunca falha! Ficam com pés de princesa.

Se a queimadura for mais profunda, de terceiro grau, pode deixar a pele tipo couro. Não há dor porque as terminações nervosas faleceram. Not good.

Se no casamento da prima lá da terra, o padrinho do noivo - já de camisa para fora das calças e meio de lado - acabar o Apita o Comboio em cima de uma tocha, não o deixem correr. Isso só vai alimentar o fogo e é uma corrida que ele vai sempre perder. Para extinguir as chamas é fazerem-lhe uma placagem e rebolá-lo no chão. Até apagar.
E depois pedir os talheres de trinchar e servir com caldo verde, broa e batatinha frita.

2. Intoxicações
Se alguém sofrer uma intoxicação ou estiver exposto a um veneno ou picada de animais (melga não conta, a menos que seja uma melgzilla), liguem para o CIAV (Centro de Informação Antivenenos). O número é o 808 250 143 e quem atende do outro lado são médicos que saberão indicar a melhor forma de atuar.

Se a intoxicação for com medicamentos, guardem as caixas e/ou as lamelas. Se não as encontrarem, espreitem no lixo ou nas janelas. Quando não é acidental, é frequente serem deitadas fora. Saber o que foi tomado e em que quantidade, pode fazer a diferença.

Se for por ingestão, nunca provoquem o vómito. Se fez estragos a descer, não queremos que os repita a subir.

Se for na vista, é lavar com água corrente durante 15 minutos, evitar fechar os olhos e seguir para o hospital. Nada de soro. Água é o melhor.

Atenção aos produtos de limpeza em zonas onde as crianças têm acesso. As embalagens são (estupidamente) coloridas e apelativas. Um miúdo não saberá distinguir o Skip de um batido.
Cuidado também para não juntarem tudo o que é para manter fora do alcance num mesmo sítio. Tipo o pesticida ao lado do xarope para a tosse. Não.

3. Crise convulsiva
Se assistirem a uma crise convulsiva (quem é que não viu o Poltergeist?) não tentem conter a vítima. A tendência é frequentemente essa. Mas não o façam. Os movimentos são involuntários e podem magoar a pessoa. Procurem, sim, afastar objetos onde se possa aleijar e protejam-lhe a cabeça e os membros.

Nada de pôr coisas na boca, para prender a língua. Mais depressa fazem obstruções com isso do que se engasgam na língua.

Quando terminar, nem pensem em dar copinhos de água ou bolachinhas. Pois se eu, sem espasmos, não consigo comer uma bolacha de água e sal sem ficar com meia bolacha feita em papa colada ao céu da boca - imaginem depois de andar aos saltos, a espumar.

4. Reação alérgica
Se forem à praia e a mãe Natureza vos brindar com um abraço de alforreca, nada de andar a fazer xixi para cima uns dos outros. Seus porcos. É mergulhar a zona afetada em água fria. E ter calminha. Homens, não vão morrer disso.

Se a coisa for mais intensa e os mimos tiverem sido de peixe-aranha ou de ouriço (malta mais antipática) é o contrário: mergulhar a zona afetada em água quente. E tirar os picos num serviço médico.

Não deixem que a vossa Tia Alcina se ponha com ideias. "Ai e tal, a tia trata". A tia vai bordar um pano de tabuleiro ou fazer um pudim, que é a especialidade dela. E vocês vão tratar disso com quem sabe, no centro de saúde ou no hospital. E depois comem o pudim e levam o que sobrar para casa, porque estão cheios de dores e ela não vai ter coração para dizer que não. Aprendam, que eu não duro sempre.

Havia tão mais para vos contar.

Se gostam do tema, sugiro que vejam os vídeos do INEM no YouTube. Podem encontrá-los aqui. A interpretação é uma comédia mas as situações são dramáticas com picos de ação. Entretenimento com aprendizagem.

Se tiverem filhos com idade para isso, vejam com eles. Os miúdos alertados para estas questões podem um dia salvar-vos a vida.
Se já souberem ler, não é má ideia ter um papel com a vossa morada, junto ao telefone de casa. Se um dia se sentirem mal e eles ligarem o 112, vão precisar de dar essa informação. E olhem que é muito frequente eles não saberem.

Em situação de emergência, cinco minutos podem ser a diferença entre voltar a ver o Ronaldo a marcar pela seleção ou trocar impressões técnico-táticas com o Eusébio.
Vejam lá isso.